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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O país é de Fidel, mas os jornalistas estão a serviço do proletariado: uma interessante noção de liberdade.

"Quando perguntei a um influente jornalista cubano se lá existe liberdade de imprensa, ele deu uma gargalhada e respondeu: 'Claro que não'. E completou, com naturalidade: 'Liberdade de imprensa é apenas um eufemismo burguês. Só um idiota não é capaz de ver que a imprensa está sempre a serviço de quem detém o poder. E aqui em Cuba quem detém o poder é o proletariado. Estamos todos os jornalistas cubanos, portanto, a serviço do proletariado'" (MORAIS, F. A Ilha. Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro. Editora Alfa-Omega, São Paulo: 1977, p. 73).


A imprensa está sempre a serviço de quem detém o poder? Concordo. Esse não é o problema. O problema é se ainda hoje ela diz estar a serviço do proletariado em um país governado por uma única pessoa ou por um único partido que detém o poder a mais de 50 anos. Só um cretino ainda crê que o proletariado detém o poder em Cuba.

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